Sombra e água fresca num mundo esturricado
2. O ET absorveria a água do gelo e a areia do solo. Reações químicas dentro do organismo purificariam a areia até restar apenas o silício. Essa seria a matéria-prima da sua carapaça. Como esse elemento é mau condutor de calor, o animal-rocha disporia de um bom isolante térmico.
3. O mercuriano é um única célula. Assim, a maneira mais prática de se reproduzir é por auto-divisão. Como ele não tem órgão nenhum, seria difícil transferir material genético para um parceiro do sexo oposto, como se faz aqui na Terra.
Mercúrio
Esse planeta, a apenas 58 milhões de quilômetros do sol, tem o chão coberto de areia parecida com a de nossas praias. Ela é composta do elemento químico silicio, como aqui. Alguns bioquimicos acreditam que o silicio, sob certas condições, poderiam formar cadeias moleculares semelhantes as de carbono, que contituem os organismos que conhecemos. Ainda assim, dois problemas dificultam o surgimento de Et's em Mercurio. O primeira é a variação de temperatura, que vai de 185 graus Celsius negativos a sombra a 479 graus positivos ao sol. O segundo é a falta de água corrente. Mas os astrônomos acham que as bordas eternamente sombreadas das crateras perto dos polos podem esconder gelo. É nelas que imaginamos que moram nossos mercurianos.
Vênus: Toupeira malcheirosa
Os compostos de enxofre tornariam o venusiano fedido
2. A carapaça seria de queratina - a mesma proteina que forma as unhas humanas e o casco da tartaruga. Ela protegeria o animal do calor extremo e serviria de barreira contra o ácido sulfúrico, corrosivo, da atmosfera.
3. Meio tatu meio toupeira, nosso venusiano passaria a maior parte do tempo enterrado. Como obtém água do subsolo, precisaria de garras para cavar. As unhas serviriam também para se agarrar à rocha e não ser arrastado pelo ventos fortes que sopram nesse mundo toda vez que saísse da toca.
Vênus
O problema, aqui, ainda é o calor. A 108 milhões de quilometros do Sol, Vênus recebe 2,5 vezes mais luz do que a Terra. Além disso, pesadas nuvens de gás carbônico abafam o planeta, produzindo um tipo de efeito estufa. A temperatura média é de 480ºC. A atmosfera é rica em dióxido de carbono, nitrogênio, oxigênio, água e enxofre. E o solo, em água, ácido fluorídrico, ácido clorídrico, dióxido de carbono e enxofre. Para um venusiano, esses compostos podem ser um lauto banquete.
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Marte: Cego em tempestade de areia
O marciano tem os olhos tapados por uma membrana
2. Para resistir ao frio, o líquido que circula por suas veias não poderia conter água, como o sangue dos terráqueos. Talvez álcool etílico, que congela a uma temperatura bem mais baixa, 114 graus Celsius negativos. Seria um marciano movido a álcool.
3. As loucas tempestades de areia do planeta exigiram proteção para os olhos, como uma membrana. Isso dificultaria a visão. Quase cego, ele só enxergaria o vulto dos objetos.
4. Seria um herbivoro. Em Marte há gás carbônico na atmosfera e água no subsolo capazes de sustentar plantas, que captariam energia do Sol.
5. O modo mais eficiente de se mover num ambiente de baixa gravidade seria aos altos. Para isso, nada como pernas longas.
Marte
Esse planeta é um freezer. A 228 milhões de quilômetros do Sol, a temperatura média é de 60 ºC negativos. Um organismo que tivesse a pretensão de sobreviver ali teria de possuir células resistentes ao frio. A atmosfera, muito rarefeita, é composta principalmente de gás carbônico. Existem também nitrogênio, argônio, oxigênio e um pouco de água. A gravidade é 3 vezes menor que a da Terra. Com algumas adaptações, um ser que morasse lá poderia até ser feliz.
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Júpiter: Medusas esburacadas
O corpo na forma de balão ajudaria a flutuar
2. Estes imensos poros funcionariam como bocas por onde o jupiteriano absorveria os gases nutritivos da atmosfera.
3. Os gases seriam distribuídos pelo organismo por meio de um rede de canais semelhantes ao sistema circulatório dos terráqueos. Lá dentro, as moléculas seriam quebradas e remontadas em novas substâncias para abastecer as células de energia e de matéria-prima.
4. Para controlar a velocidade do voo, o jupiteriano contrairia o corpo como um fole. O movimento espremeria os canais internos, que devolveriam gases tóxicos ao ambiente - os excrementos do ET.
Júpiter
A 778 milhões de quilômetros do Sol, o chão de Júpiter fica abaixo de pesadas nuvens de compostos orgânicos, como metano, acetileno e amônia. Cerca de 100 quilômetros abaixo do todo da atmosfera, a temperatura é de 0 grau Celsius. Esse mundo gasoso não é tão inóspito como parece. Alguns astrônomos chegam a imaginar que os relâmpagos que caem na atmosfera jupiteriana podem estar criando aminoácidos, os tijolos básico dos seres biológicos. O ET é inspirado no jupiteriano desenhado por Carl Sagan.
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Saturno: Borboletas em evolução
Os saturnianos que migram para a região do equador teriam se adaptado as novas condições
2. A outra população teria se mudado para as nuvens d equador, atrás de mais energia. É que, ali, o sol bate direto. Mas os ventos atingem 1.800 Km/h. Então, o ser teve de passar por algumas transformações.
3. As borboletas do equador teriam asas bem menores para não se rasgarem como os furacões da região. Reduzidas, elas perderiam a função de captar energia do Sol.
4. A nova espécie teria dentro do organismo bactérias que a ajudariam a fazer as reações químicas. Seria uma simbiose, em que o hospedeiro ajudaria o invasor e vice-versa.
Saturno
A 1,4 bilhão de quilômetros do sol, tem a superficie escondida debaixo de uma densa atmosfera rica em hidrogênio, hélio e compostos orgânicos. A temperatura média é de 180 graus Celsius negativos. O melhor lugar para morar seria o equador, onde há mais radiação solar. Mas ali os ventos são insurpotáveis. Nós imaginamos dois tipos de saturnianos.
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Urano: Fungos esvoaçantes
Livre de amarras, o uraniano viajaria pelo planeta todo
2. Os uranianos seriam empurrados por ventos que atingem 500 Km/h. Com sua forma achatada servindo de vela, viajariam por todo o planeta. Dependendo da época do ano, se mudariam dos pólos para o equador e vice-versa, atrás dos locais onde o sol vate mais forte.
3. Os Et's absorveriam os produtos orgânicos da atmosfera pela pele porosa. A luz solar provocaria reações fotoquímicas que rearranjariam as moléculas desses produtos em outras, liberando calor.
Urano
A 2,9 bilhões de quilômetros do Sol, recebe pouquissima luz. Também é um planeta gasoso, com nuvens e hidrog6enio, hélio e hidrocarbonetos, principalmente metano, escondendo a superfície. O planeta gira com os pólos voltados diretamente para o Sol. Isso faz com que, a cada oitenta anos, essas regiões mergulhem em um inverno escuro que dura duas décadas. Para vencer essa dificuldade, os uranianos teriam de aproveitar os fortes ventos da atmosfera de maneira criativa.
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Netuno: Plantados nas nuvens
Os netunianos estariam presos por hastes as camadas mais densas da atmosfera
2. Pelas hastes ocas, o ser absorveria nutrientes. Por ali circulariam também aminas - compostos de metano e amônia cujo ponto de congelamento é baixíssimo. Assim, os Et's não congelariam e suas hastes não se quebrariam.
Netuno
A quase 5 bilhões de quilômetros do Sol, Netuno é o último planeta gasoso do Sistema Solar. Como chega ali pouquíssima energia solar, os netunianos poderiam ser fungos semelhantes aos de Urano. Devido ao frio, que pode chegar a 150 graus Celsius negativos, protegeriam as células com uma substância anticongelante. Ela circularia como sangue por seus vasos.
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Plutão - que hoje não é mais planeta: É vida ou não é?
Da escuridão gelada brotaria uma criatura bizarra, meio bicho meio coisa.
2. Mas espere ai! Virus não é ser vivo. Ou é? Os cientistas não sabem ainda definir essa estranha criatura. Ela não come, não respira nem produz nada. É só um código genético envolvido em proteína. O plutoniano estaria apenas esperando um impulso de energia e uma célula para invadir e se replicar.
Plutão
Essa bola de terra e gelo não oferece nenhum atrativo para o surgimento de atividade biológica. O último planeta parece um núcleo de cometa, que, em vez de mergulhar em direção ao centro do Sistema Solar, se equilibrou numa órbita estável, a quase 6 bilhões de quilômetros do Sol. A luz que chega até ele é 1000 vezes mais fraca do que a que alcança a Terra. Não existe atmosfera e a temperatura média é de 200 graus Celsius negativos.
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